Nas
últimas semanas, foram confirmados alguns casos de febre amarela no Estado de
São Paulo. Por isso, o Ministério e a Secretaria da Saúde iniciaram uma
campanha de conscientização e prevenção da doença.
A doença do tipo urbana não
é registrada desde 1945, informação essa que pode acalmar o pânico gerado pela
notícia, contudo é importante evitarmos qualquer proliferação e para isso é necessário
conhecer mais um pouco sobre a doença.
A
febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus e transmitida através de um artrópode, o mosquito. O vírus é mantido na natureza
por transmissão entre primatas não humanos (macacos) e mosquitos silvestres –
mas, isso não significa que se deva matar os macacos. Além de crime ambiental,
os macacos são tão vitimas como nós humanos e eles servem como um sinal para as
autoridades de que a doença está se espalhando. Ou seja, em momentos com as
condições ideais para transmissão, um número maior de macacos adoece e morre chamando
atenção de autoridades, o que define medidas de intensificação de vacinação nos
moradores das regiões afetadas.
Atualmente, a febre amarela é uma
doença endêmica no Brasil, como por exemplo, na Região Amazônica. Na região
extra-amazônica, períodos epidêmicos são registrados ocasionalmente,
caracterizando a reemergência do vírus no país. O período de ocorrência é
sazonal, ocorrendo entre dezembro a maio que é quando o vírus encontra um
cenário favorável para a transmissão: elevadas temperaturas, chuvas e o aumento
de mosquitos.
A febre amarela se manifesta de
três formas clinicas: a leve, grave e a maligna. Os sintomas clássicos são:
surgimento súbito de febre alta, dor de cabeça intensa, inapetência, náuseas e
dor no corpo. A icterícia, coloração amarelada da pele e das mucosas que da o
nome da doença, nem sempre está presente. Caso apresente alguns desses sintomas
e tenha estado em áreas de risco para febre amarela nos quinze dias anteriores
e não tenha comprovação de vacinação de febre amarela deve consultar um médico.
A vacinação é a principal forma de prevenção. Os anticorpos
protetores aparecem entre o sétimo e o décimo dia após a aplicação da vacina. A
vacina da febre amarela possui o vírus vivo atenuado, o qual desaparece do
organismo após três semanas da vacinação. Mas, determinados grupos de
pacientes, como aqueles que estão com o sistema imunológico debilitado ou que
têm alergias a elementos do ovo de galinha, a imunização não é indicada. Em um
paciente com um sistema imunológico sadio, a vacina irá provocar as células de
defesa para que criem anticorpos contra a doença. Isso significa que esse
paciente, ao ser eventualmente picado no futuro por um mosquito infectado, terá
os anticorpos necessários para combater o vírus. No entanto, se o sistema
imunológico do paciente estiver enfraquecido a vacina pode criar um quadro
semelhante ao da febre amarela em si.
Assim, a vacinação é
contraindicada para: quem quer doar sangue antes de 30 dias após ser vacinado,
crianças menores 6 meses de idade, pacientes submetidos a implante de órgãos,
pacientes portadores de lúpus, entre outros.
Grávidas, mulheres amamentando, idosos com
mais de 60 anos e pessoas infectadas com HIV assintomáticos e com
imunossupressão moderada não são proibidas de tomar a vacina, contudo precisam
sempre conversar com um médico antes de fazê-lo.
Outra
forma de combater a doença é através do uso de repelentes, o que não anula a
vacinação. Evitar a proliferação de mosquitos e se manter sempre informado
sobre áreas de risco.
Em
relação a tratamento com medicamentos não existe um medicamento específico para
tratar febre amarela , geralmente os médicos tratam os sintomas da doença,
entretanto, com o aumento dos casos em São Paulo desencadeou uma série e ações
para buscar meios de tratar a doença. Pessoas que desenvolveram a doença na
forma grave e foram submetidas a transplante de fígado no Hospital das Clínicas
de São Paulo e no da Unicamp em Campinas, começaram este mês a receber tratamento com um remédio
contra hepatite C, porém, esta técnica será estudada por pesquisadores para ver
se realmente é possível tratar a doença utilizando medicamentos, por enquanto,
ressalto a febre amarela não tem
tratamento específico.
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