Em Itapira, a vacinação começou na segunda-feira, 23/04. Trata-se
de uma tentativa de diminuir o impacto causado pela gripe em todo o país. A
meta é imunizar mais de 54,4 milhões de pessoas, as quais fazem parte do grupo
considerado “mais suscetível” ao agravamento de doenças respiratórias. No
Brasil, a vacina contra a gripe é feita com vírus morto. Ela contém apenas algumas proteínas
específicas do vírus Influenza, chamadas de antígenos, que são capazes de
estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos.
O
vírus influenza é famoso pela sua elevada frequência de mutação, o que
compromete a capacidade do sistema imunológico de criar anticorpos que sejam
eficazes em longo prazo. A pessoa pode ter uma gripe hoje e criar anticorpos
altamente efetivos contra o vírus Influenza. O problema é que, nos próximos anos,
há uma grande chance do vírus circulante já ser diferente daquele que a contaminou.
Os anticorpos que a pessoa criou agora já não serão efetivos, ou serão apenas
parcialmente efetivos, contra a nova cepa mutante.
A
escolha pelo outono para haver a campanha de vacinação deve-se ao fato do
sistema imunológico precisar de cerca de 1 mês para desenvolver de forma plena
uma imunidade contra as cepas presentes na vacina. Como o pico de incidência da
gripe ocorre no inverno, a população vacinada terá tempo suficiente para estar
preparada contra o vírus.
O
público-alvo para receber as doses gratuitamente no SUS é: pessoas a partir de
60 anos, crianças de seis meses a cinco anos, trabalhadores da área de saúde,
professores das redes pública e privada, mulheres gestantes e puérperas,
populações indígenas, pessoas privadas de liberdade (incluindo adolescentes
cumprindo medidas socioeducativas), profissionais do sistema prisional,
portadores de trissomias genéticas e portadores de doenças que aumentam o risco
de complicações em decorrência da influenza.
A
vacina da gripe é contraindicada para qualquer hipersensibilidade aos
componentes de uma vacina - como as proteínas do ovo - além da reação
anafilática após tomar uma das doses. Doenças febris agudas também contraindicam
a aplicação imediata da vacina. Gestantes podem receber a vacina.
A
vacina contra influenza não é diferente para crianças, adultos e idosos. A
única diferença está na dose.
Sabe-se
que o vírus da gripe tem uma alta taxa de mutação. Exatamente por isso que os
subtipos dos vírus da gripe que serão incluídos na vacina mudam todos os anos.
É a Organização Mundial da Saúde que define qual será a composição da vacina em
cada ano, pois reúne e analisa informações enviadas por centro de vigilância de
diversos países. Instituições, como por exemplo, o Instituto Oswaldo Cruz,
fazem exames em indivíduos infectados para descobrir quais as cepas virais que
mais circulam em cada região. Em 2018, os tipos de vírus incluídos na vacina do
Brasil são o H1N1, o H3N2, e o influenza do tipo B.
Existem
alguns mitos envolvendo a vacinação contra a gripe, então é importante
ressaltar que mesmo que a pessoa tenha se vacinado no ano anterior, é
imensamente importante que ela se vacine novamente esse ano, pois a vacina
contra a gripe muda anualmente, de acordo com a mutação do vírus. Também
deve-se saber que nenhuma vacina causa doença, isso é um mito popular que deve
ser desfeito – a vacinação tem uma boa resposta em cerca de 80% das pessoas e
essa proteção demora cerca de duas a três semanas para que o corpo comece a
produzir anticorpos (células de defesa)
A
gripe é uma doença séria, que mata mais de 650 mil pessoas todos os anos, de
acordo com um recente levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).Os
vírus da influenza causam doença respiratória aguda, denominada influenza ou
gripe, caracterizada clinicamente por febre alta, calafrios, cefaleia, mal
estar, mialgia e tosse seca. Conjuntivite, dor abdominal, náusea e vômitos são
frequentes. Em crianças pequenas o quadro clínico pode simular a uma sepse. O
mal estar geral pode persistir por vários dias e até mesmo semanas. Pode
ocorrer miosite - inflamações musculares -, com dores musculares e dificuldade
de andar. Entre as complicações que podem ocorrer destacam-se a pneumonia
(viral ou bacteriana) e a síndrome de Reye, que se caracteriza pela presença de
encefalopatia grave, mais comumente observada em escolares, muitas vezes em
associação com o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina). As pessoas idosas e
aquelas com doenças de base têm maior risco de complicações. Não esqueçam de se
vacinar!
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