O telefone
188 passou a ter chamadas gratuitas em todo território nacional desde o dia
primeiro deste mês em uma parceria entre o Ministério da Saúde e o CVV (Centro
de Valorização da Vida). Por meio do número, pessoas que
sofrem de ansiedade, depressão ou que correm risco de cometer suicídio
conversam com voluntários da instituição e são aconselhados. Antes, o serviço
era cobrado e prestado por meio do 141. Até 2016, o CVV tinha uma média de um
milhão de atendimentos. Em 2017, esse número dobrou e em 2018 são esperados
mais de 2,5 milhões de atendimentos pelo 188.
O CVV nasceu há 56 anos, baseando-se no conceito de que quando se semeia
algo, deposita-se nesta semente esperança, fé de que ela germine e que dali
nasça uma nova vida. Não sabemos exatamente como esta nova vida será, mas
torcemos para que ela seja produtiva, que dê frutos e carregue com ela toda a
esperança do semeador.
Varias ações podem auxiliar, começando pela
conscientização de que o suicídio é um problema de saúde pública e de que todos
nós podemos colaborar. É importante conversar sobre o assunto, ainda
considerado tabu para muitos, e informar às pessoas que, se buscarem ajuda,
podem se sentir melhor, apoiadas e confiantes para encontrar soluções para suas
dificuldades.
O suicídio se torna um dos problemas sociais
mais delicados. Quando o tema entra em pauta de inúmeras discussões, ultrapassa
o campo da medicina, psicologia e religião. Difícil entender problemas, traumas
ou medos que podem levar uma pessoa a por fim à própria vida.
Notícias quase diárias mostram o triste fim
de pessoas que, por estes motivos muitas vezes desconhecidos e inexplicáveis,
encerram a própria vida, deixando inúmeras interrogações a quem fica. A pessoa
com ideias suicidas precisa de apoio, seja ele de grupos, profissionais, familiares ou amigos. É essencial
que haja abertura para as pessoas se expressarem sem criticas, julgamentos e
preconceitos.
Atualmente,
a média nacional de suicídio é 5,5 casos a cada 100 mil habitantes. Segundo
dados do Ministério da Saúde, em média, 11 mil pessoas tiram suas próprias
vidas no Brasil a cada ano e o país está em 8° lugar no ranking de registro de
casos.
Para diminuirmos esta
triste estatística devemos ficar atentos, o suicida costuma dar sinais de que pretende tirar a sua própria
vida. Na maioria dos casos, ele fala sobre o assunto, manifesta cansaço em
relação à vida, pode apresentar comportamentos destrutivos, como consumir álcool ou drogas em excesso, perder o interesse por atividades das
quais costumava gostar e demonstrar dificuldades no trabalho ou na escola. É
fundamental prestar atenção a esses sinais e nunca ignorar uma tentativa de
suicídio, que pode culminar na morte de uma pessoa. Contatar o 188, chamar
entidades, como o CVV, que possam prestar ajuda e acolher essa pessoa. Percebido
o problema, a atitude mais apropriada e eficaz é iniciar um tratamento, conduzindo
a pessoa á um terapeuta ou a um psiquiatra. Nunca devemos menosprezar estes
sinais, na grande maioria dos casos a pessoa não quer morrer, ela está gritando
por ajuda e ninguém consegue ouvir.
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