“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”, já dizia
Goebbels, famoso Ministro da Propaganda de Hitler, um gênio do mal que
conseguiu enganar todo o povo de um país usando as mais variadas artimanhas. E
sua frase emblemática tem um grande fundo de realismo, pois muitas coisas que
nós ouvimos as pessoas falando por aí acabam virando verdades, mas não são.
Durante toda a nossa vida somos cercados por
inúmeras crenças populares que passaram de geração a geração e ainda sobrevivem
em nosso cotidiano. Quando éramos crianças ouvíamos de nossas avós que não podíamos
comer manga e tomar leite ao mesmo tempo, pois isso poderia até mesmo acarretar
em morte (A má
reputação dessa mistura não passa de um mito, fabricado intencionalmente na
época do Brasil Colonial. O leite era, então, um alimento bastante raro, e
caro, exclusivo dos patrões: os senhores de engenho. Como eles não queriam que
essa preciosidade fosse consumida por escravos, inventaram e espalharam a
lenda, que sobreviveu até hoje). Ou então, comer olhando para um espelho
poderia fazer com que o rosto ficasse deformado, ou mesmo, jamais apontar para
as estrelas se não quisesse ter uma verruga na ponta do dedo. Alguns acreditam nos mitos, outros não, o
problema é quando essas crenças acabam interferindo na saúde, o equívoco muitas vezes representa uma ameaça. Existem sete mitos que são
verdades absolutas e precisamos fugir deles:
O primeiro
mito apontado é o de que os check-ups são desnecessários. A idéia tomou fôlego
na década de 80 e embutia a defesa de que os exames não consideravam o perfil
dos pacientes. Há muitas
doenças graves que não apresentam sintomas, como a hepatite C, hip
O segundo mito e que
muitos acreditam relaciona-se ao fato que tomar vacina é coisa de criança. O
conceito encontra-se tão arraigado que a Sociedade Brasileira de Imunizações
está empenhada em campanhas
para derrubá-lo. Temos de conscientizar os adultos da importância de se imunizar. Hoje no Brasil o maior número de mortes por tétano, por exemplo, é entre
pessoas com mais de 20 anos e com a imunização as taxas de morte vem caindo a
cada ano. Tomar vacina não causa
doença, exemplo a da gripe, na verdade, vacinas são produzidas a partir de antígenos inativados ou atenuados, que ao
serem colocados no nosso corpo, estimulam a produção de anticorpos e
células de memória pelo nosso sistema imunológico. A vacina pode até causar mal-estar mas, vacinar é a recomendação
correta, exceto sob orientação médica. Haja vista o caso da febre amarela e a
corrida para vacinação, neste ano de proliferação da doença.
A terceira crença enraizada é que a depressão e a ansiedade são doenças que não precisam ser curadas, pois são tratadas sozinhas (para muitos nem doença são). Existe, infelizmente, a noção de que se a pessoa se esforçar sozinha consegue ficar boa. O resultado da pouca informação é dramático: no mundo, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio; O quarto mito muito grave é acreditar que infarto e acidente vascular cerebral (AVC) atingem somente pessoas mais velhas. Portanto, os jovens não precisam se prevenir.
O
quinto muito importante e sempre necessário ressaltar que nem tudo o que é
natural faz bem. Dezenas de substancias naturais podem interferir na eficácia
de remédios. O consumo sem orientação de produtos à
base de plantas pode levar a interações desastrosas. Existem interações
medicamentosas com fitoterápicos, sim.
O sexto e sétimo são dois grandes equívocos,
um de que os médicos são melhores para homens e as médicas para mulheres e finalmente que câncer não tem cura. Em relação
ao primeiro item, estudos revelam que os tratamentos dado a um homem e a uma mulher são iguais. Um médico tem de ser guiado pelo princípio da equidade no atendimento. Quanto ao câncer, os índices de cura contra tumores
detectados rapidamente são positivos: 83% nos casos de leucemia e cerca de 90%
quando se trata de tumor de mama, por exemplo, estamos ganhando a guerra. Romper
estes mitos, pular essas barreiras, atualizar-se em novos conceitos são a chave
do sucesso na vida e na saúde.
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