No dia 26 de
junho, comemorou-se o Dia Internacional de Combate às
Drogas, data que enseja a oportunidade de refletirmos sobre de que forma
estamos enfrentando a questão dos psicotrópicos no país. De pronto, podemos
asseverar que os programas de prevenção ainda são escassos, valendo a mesma
constatação para os equipamentos de saúde da rede pública voltados a apoiar a
parcela da população que consome drogas, sejam as lícitas ou as ilícitas.
O uso de drogas é um mal social em todo mundo. Segundo dados do
Relatório Mundial sobre Drogas da ONU, cerca de 5% da população mundial entre
15 e 64 anos, o que corresponde a uma média de 243 milhões de pessoas, usa
drogas ilícitas.
O relatório aponta também a existência de uma média de 27 milhões de
usuários de drogas problemáticos - aqueles que consomem drogas regularmente ou
que apresentam distúrbios ou dependência. O número corresponde a 0,6% da
população adulta mundial, ou seja, cerca de uma a cada 200 pessoas.
Droga é um nome genérico dado a todo o tipo de substância natural ou
não, que ao ser introduzida no organismo provoca mudanças
físicas ou psíquicas.
Nas áreas de Medicina e Farmacologia, droga é qualquer substância
que previne ou cura doenças ao causar alterações fisiológicas nos organismos.
No sentido corrente, o termo “droga” refere-se em geral às
substâncias ilícitas que provocam dependência, afetam o Sistema Nervoso Central
e modificam as sensações e o comportamento do indivíduo. Ou ainda às
substâncias lícitas, aquelas permitidas por lei, como o álcool, o tabaco e os
medicamentos que possuem tarja preta na sua embalagem.
A
dependência de drogas é a manifestação do organismo, expressando a necessidade
física e/ou psicológica de determinada droga. Quando o uso de drogas
torna-se frequente na vida de uma pessoa e interfere com a sua capacidade de
viver sem, a tóxicodependência é muito provável. A dependência ocorre não somente
com drogas ilícitas, pode ocorrer com determinados medicamentos que também
atuam no cérebro, assim como álcool e o tabaco, como citamos acima.
Quando
o consumo de drogas é repetido, além da quantidade de uso prescrita, isto pode
também muitas vezes levar a um padrão de dependência e tolerância à droga. A
tolerância é a necessidade do corpo de doses maiores ou mais frequentes de uma
substância para conseguir o mesmo efeito. Ela ocorre quando o organismo
aprendeu a tolerar, ou se acostumar com a substância na dose habitual.
O dia foi criado para pensarmos em ações que leve a conscientização
da população em torno do assunto, acreditamos que a escola tem um papel fundamental na vida dos
alunos nesse sentido. A escola precisa se posicionar de forma ativa, já que o
jovem passa a maior parte do seu tempo nesse espaço, ela deve ser o principal
instrumento de conscientização e prevenção de drogas. Quanto mais cedo começarmos
a falar sobre o assunto, maior a prevenção. Os motivos que podem levar uma pessoa a se
entregar ao vício de drogas são
vários e vão desde a necessidade de aceitação por um grupo até um problema de
cunho familiar ou emocional. Da mesma forma são inúmeras as pessoas que se
aproveitam disso para traficar e obter lucros com as fraquezas alheias.
Quem necessita de tratamento devido ao abuso
de álcool e outras drogas pode contar com a ajuda nas Unidades Básicas de Saúde
(UBS), nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). O atendimento conta com
equipes multiprofissionais compostas por médico psiquiatra, clínico geral,
psicólogos, dentre outros.
Os CAPS também atendem aos usuários em seus
momentos de crise. Além de apoiar os usuários, as famílias também recebem
atendimento na busca de independência e responsabilidade para com o tratamento.
São apoios que, muitas vezes, ultrapassam a própria estrutura física, em busca
da rede de suporte social, que possam garantir o sucesso do tratamento,
pensando na pessoa, sua história, sua cultura e sua vida cotidiana.
A magnitude do problema do uso indevido de drogas,
verificada nas últimas décadas, ganhou proporções tão graves que hoje é um
desafio da saúde pública no país. Além disso, este contexto também é refletido
nos demais segmentos da sociedade por sua relação comprovada com os agravos
sociais, tais como: acidentes de trânsito e de trabalho, violência domiciliar e
crescimento da criminalidade.
O combate às drogas deve se dar também no âmbito educacional,
psicossocial, econômico e até mesmo espiritual. Muitos setores da sociedade já
perceberam isso e, em consequência, aumentam as campanhas de combate às drogas e as
organizações que visam à recuperação de dependentes químicos e sua reintegração
na sociedade.
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