O alcoolismo é um grave problema social que atinge cerca de 10%
da população brasileira. Cerca de 70% das pessoas que sofrem do alcoolismo são
do sexo masculino. É denominado alcoolismo os problemas provocados pelo
uso compulsivo e descontrolado de bebidas alcoólicas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) usa o termo baixo
risco de uso de álcool, para se referir à ingestão de álcool dentro dos
parâmetros médicos e legais, que geralmente não resulta em problemas
relacionados à bebida. O abuso de álcool é um termo geral para qualquer nível
de risco, desde a ingestão aumentada até a dependência do álcool. O abuso de
álcool pode produzir danos físicos ou mentais à saúde, mesmo na ausência de dependência.
A dupla
moral de uma sociedade que, por um lado, tolera ou promove o consumo moderado
do álcool e, por outro, discrimina o consumo excessivo e fora de controle,
confunde a população, que precisa se orientar pelas normas. O passo entre o
uso, abuso e dependência nem os estudiosos no assunto sabem
afirmar com exatidão, nem porque algumas pessoas bebem e se tornam alcoólatras,
enquanto o mesmo não acontece com muitas outras. Ainda assim, especialistas no
assunto acreditam que o alcoolismo pode ser passado entre gerações e, portanto,
tem uma explicação genética. Acredita-se também que aspectos culturais
interfiram no aparecimento do problema.
A dependência é adquirida quando há um padrão de
consumo repetido, acarretando prejuízos ou sofrimento ao indivíduo. Para o
diagnóstico de dependência, o usuário deve apresentar nos últimos 12 meses,
pelo menos 3 dos seguintes sintomas: tolerância (necessidade de doses maiores
para obter o mesmo efeito), sintomas de abstinência (uso da substância para
evitar ou aliviar os sintomas decorrentes da ausência da droga), uso da
substância em maiores quantidades ou por períodos maiores que o intencionado, tentativas
frustradas de parar ou diminuir o consumo, diminuição das atividades sociais e de
lazer em favor do consumo, persistência no uso apesar dos problemas ocasionados
por ele.
O consumo de álcool está ligado a diversas conseqüências para o
indivíduo que o consome, para aqueles que estão à sua volta e para a sociedade
como um todo. Conseqüências como acidentes de trânsito, problemas no trabalho e
com a família e violência interpessoal têm sido o foco de interesse e de
atenção pública, que vai desde a criação de núcleos para o tratamento até a
elaboração de leis mais severas para coibir o uso.
Enfim, vamos ao assunto que mais interessa: o que o álcool faz no
organismo.
Ao tomarmos o álcool ele chega rapidamente ao cérebro. Onde estimula a
liberação de neurotransmissores excitatórios como a serotonina, dopamina e
endorfinas, responsáveis pelas sensações de prazer, bem-estar e euforia.
Em seguida, acontece exatamente o efeito contrário: o álcool estimula o
principal neurotransmissor inibitório do cérebro, o ácido gama-aminobutírico,
mais conhecido como GABA. Esse neurotransmissor se conecta aos neurônios e as
pessoas passam da euforia à depressão. O
grande problema está nesta desestabilização do sistema cerebral. O
funcionamento cerebral anormal resultará em alterações do comportamento,
afinal, o controle do sistema racional não está eficiente.
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