RETROCEDER JAMAIS
O
assunto vacina, cada dia que passa é pauta maior em todos os noticiários, seja
qual for a mídia. A constante onda de não reconhecer provas científicas
e contrapor-se em relação à ciência, ganha adeptos a cada dia que passa, alguns
assuntos rendem risadas e chega a ser folclórico. Mas na realidade as sandices
que ganham popularidade e se tornam assuntos de discussões não tem a menor
graça. Pelas seguintes razões – mostra que uma parte da população desconhece
fatos objetivos sobre a ciência, sobre medicamentos e sobre vacinas, porém, insistir
em opinar em assuntos que não conhecem chega a ser patético. Uma pesquisa feita
nos Estados Unidos da América mostrou que três a cada quatro Americanos não
sabem separar fato de opinião e no Brasil a situação não é melhor, é a mesma.
Quantas vezes ouvimos falar, principalmente nas redes sociais – essa é a minha
opinião, como forma de encerrar um debate.
O problema é grave as pessoas não podem desconectar
suas opiniões dos fatos objetivos, muitas idéias sem sentido pode ser até
entretenimento, mas quando o assunto é o movimento antivacinas é crime contra a
saúde pública.
Cada vez mais o movimento antivacinas vem
ganhando força entre a população, impulsionado pela onda de fake news em torno
da eficácia e risco de várias vacinas, afastando a população dos postos de
vacinação. Recentemente
o movimento antivacinação foi incluído pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
em seu relatório sobre os dez maiores riscos à saúde global. De acordo com a
Organização, os movimentos antivacinas são tão perigosos quanto os vírus,
porque ameaçam reverter o progresso alcançado no combate a doenças evitáveis
por vacinação, como o sarampo e a poliomielite. Ainda segundo a OMS, as razões
pelas quais as pessoas escolhem não se vacinar são complexas, e incluem falta
de confiança, complacência e dificuldades no acesso a elas. Há também os que
alegam motivos religiosos para não se vacinar ou a seus filhos. Por conta disso, campanhas de vacinação estão mudando
seus calendários para estender a oferta. As vacinas representam um dos
mecanismos mais eficazes na defesa do organismo humano contra vírus e bactérias
que provocam vários tipos de doenças graves. Segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS),
a vacinação em massa evita entre 2 a 3 milhões de mortes por ano e é
responsável pela erradicação de várias doenças. No Brasil, graças à
cobertura vacinal, a varíola foi eliminada no país em 1973; a poliomielite, em
1989; e a transmissão de sarampo dentro do mesmo território, em 2001. Vale
ressaltar que com todo sucesso das campanhas de vacinação, nunca foi discutido
a origem do princípio ativo, o fabricante e nem o percentual de eficácia.
Mas preocupante que o
antivacinismo é a crescente vertente da desinformação. É
essencial, portanto, que as metas de cobertura vacinal sejam alcançadas. Além
de imunizar as pessoas mais vulneráveis a cada doença, a vacinação focada nos
grupos mais atingidos permite criar uma espécie de "paredão humano",
que protege o restante da população.
Atualmente com a pandemia do Coronavírus e com
a tão sonhada chegada da vacina para os brasileiros, temos assistido a um
festival de bizarrices e um número muito grande, que chega a ser assustador, de
pessoas que dizem que não irão se vacinar. Independente da eficácia da vacina
(não irei entrar no assunto de maneira científica por falta de espaço) o
importante é que todos se conscientizem e façam uso da mesma, quanto mais
pessoas vacinadas, menor contágio, menor utilização de hospitais, consequentemente
menor número de mortes, e o principal maior efetividade da vacina.
A trágica “guerra” política instaurada no
Brasil em relação a vacina contra o Coronavírus, foi um episódio triste e nunca
visto antes – interesses políticos sobrepondo-se ao interesses da saúde da
população que no meio do tiroteio, acaba por pagar o pato.
O ser
humano passou milhares de anos tentando proteger sua prole com rezas, poções e
superstições de todo tipo, mas o que deu certo foi entender como as doenças
funcionam e combatê-las com armas eficazes. Vamos mostrar nossa maturidade.
Vamos nos vacinar contra o Coronavírus. Retroceder jamais.
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