SUSTENTABILIDADE
E SAÚDE
Sustentabilidade
também é saúde, embora, quando se fala em sustentabilidade, o mais comum é
pensar diretamente no viés ecológico do conceito. Mas a definição do termo não
está relacionada apenas com a questão ambiental. A sustentabilidade também
engloba aspectos econômicos, sociais e culturais, uma conjunção de fatores que
tem tudo a ver com a ideia de saúde integral.
Estar
livre de doenças ou complicações não é, de fato, ter uma vida saudável segundo
a OMS (Organização Mundial de Saúde). A saúde passa por três importantes
pilares – o bem estar físico, mental e social e todas dependem, também, de como
está a saúde ambiental de onde vivemos.
Sustentabilidade
e saúde estão mais relacionadas do que muita gente imagina. Atitudes
sustentáveis podem trazer grandes benefícios para a saúde, do mesmo modo que
atitudes saudáveis podem estimular a sustentabilidade.
O
meio ambiente não é apenas um dos aspectos mais lembrados quando se trata de
sustentabilidade. É também uma dimensão com grande influência sobre a nossa
saúde. Um meio ambiente sustentável é fundamental para uma vida
saudável. Ou, em outras palavras, nossa saúde também pode ser afetada pela
saúde do planeta.
A
preservação de ambientes saudáveis e sustentáveis interfere diretamente (e fisicamente)
no nosso dia a dia: diminuir a poluição do ar é também reduzir as taxas doenças
respiratórias, trocar o automóvel particular por deslocamentos em transporte
público, caronas, pedaladas e caminhadas são práticas sustentáveis, que reduzem
ou evitam a emissão de gases de efeito estufa.
Se
limitarmos a produção do lixo, evitaremos o acúmulo nos aterros e nas ruas, que
muitas vezes causam enchentes e outros transtornos ambientais que podem acabar
por provocar doenças como leptospirose, desidratação e cólera, portanto, a
reciclagem é outro bom exemplo de atividade que contribui para a
sustentabilidade e (ainda que indiretamente) para a sua saúde. Reciclar reduz a
necessidade de extração e uso de novos recursos naturais.
Consumir
produtos orgânicos também é uma escolha mais sustentável. Os alimentos
cultivados sem agrotóxicos agridem menos ao ambiente e são mais benéficos à
saúde de quem os cultiva e de quem os consome.
Reutilizar a água de lavagem de roupas para lavar o
quintal; fechar as torneiras quando elas não estiverem sendo usadas; apagar as
luzes quando não está utilizando são ações sustentáveis que qualquer pessoa
pode fazer.
Pensar que a natureza leva 2 a 6 semanas a
decompor um jornal, 1 a 4 semanas as embalagens de papel, 3 meses as cascas de
frutas, 3 meses os guardanapos de papel, 2 anos as bitucas de cigarros, 2 anos
os fósforos, 5 anos as pastilhas elásticas, 30 a 40 anos o nylon, 200 a 450
anos os sacos e copos de plástico, 100 a 500 anos as pilhas, 100 a 500 anos as
latas de alumínio e um milhão de anos o vidro, nos faz pensar em paralelo ao
futuro, no mundo dos nossos netos e bisnetos.
Todavia, o desenvolvimento sustentável requer que as
sociedades atendam às necessidades humanas tanto pelo aumento do potencial
produtivo como pela garantia de oportunidades iguais para todos. Necessitamos
de políticas públicas em âmbito federal para que os governos se atentem a esses
comportamentos. Num universo onde a pobreza e a desigualdade são endêmicas, a sustentabilidade
estará sempre colocando a saúde em risco. Sem dúvida, a saúde é pré requisito
para obter resultados positivos na obtenção do desenvolvimento sustentável e
este é imprescindível para a saúde.
Milton Antonio Leitão, é farmacêutico-bioquímico. Maiores
informações Whats App 19 992312323, fone 3843-4393 ou e-mail
leitãomilton@gmail.com
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