DOENÇAS OCUPACIONAIS
O
Brasil é um dos países recordista em afastamento do trabalho por doenças
ocupacionais, que são aquelas desencadeadas durante a atividade laboral, ou
seja, enquanto está exercendo o trabalho. A atribuição de doença ocupacional é
reconhecida em duas situações, que inclusive parecem ter a mesma definição, mas
não tem, são elas: doença profissional e doença do trabalho.
Doença profissional: são aquelas que o indivíduo
desenvolve por ação da atividade laboral, ou seja, surge enquanto o
profissional realiza sua atividade e não tem influência externa, é apenas
relativa a ocupação do profissional.
Doença do trabalho: neste caso, são causadas pela
condição de ambiente ao qual o profissional fica exposto enquanto realiza sua
atividade laboral.
Trabalhadores e empregadores precisam ficar alertas em
relação às principais causas de doenças ocupacionais e como evitá-las, buscando
o constante aprimoramento das condições de saúde e segurança do ambiente de
trabalho. Além disso, é preciso estar atento aos primeiros sinais de
desconforto físico ou mental, procurando auxílio médico o quanto antes.
Vamos elencar
algumas doenças ocupacionais, que podem atrapalhar a atividade laboral: Ler (Lesões por esforços repetitivo) /Dort (Distúrbios Osteo musculares Relacionados ao Trabalho) -tendinites,
tenossinovites e lesões de ombro. Principais
causas:– movimentos repetitivos– posturas inadequadas– pressão
psicológica. Como prevenir: Adequação do mobiliário, redução da
necessidade do número de repetições; pausas e exercícios preparatórios e compensatórios.
Definição de metas adequadas; boas relações interpessoais, clareza sobre o que
é esperado de cada profissional. Programas de incentivo à prática regular de
atividades físicas e ingestão frequente de líquidos.
Dorsalgias (hérnias de disco, “problemas de
coluna”). Principais causas:
movimentos repetitivos e força com uso do tronco– levantamento e transportes de
pesos– posturas inadequadas– Obesidade e sedentarismo (fatores não
necessariamente ocupacionais, porém muito significativos). Como Prevenir: Adequação do
mobiliário e equipamentos, fracionamento das cargas e do número de repetições
(redução da velocidade de execução das tarefas). Pausas e exercícios
preparatórios e compensatórios. Programas de incentivo à educação alimentar e à
prática regular de atividades físicas.
Transtornos
mentais (depressão/ansiedade/stress
pós-traumático). Principais
causas: alta demanda, imprecisão quanto às expectativas. Metas
inalcançáveis. Trabalho extremamente monótono. Percepção de trabalho “sem importância”.
Violência no trabalho. Situações momentâneas e súbitas de alto nível de estresse.
Testemunha constante de sofrimento humano de terceiros (profissionais de saúde,
assistentes sociais). Como Prevenir:
Definição de metas adequadas; boas relações interpessoais; melhora da
comunicação, reconhecimento do valor do trabalho realizado. Programas de prevenção
da violência nas atividades com risco elevado de assaltos/envolvimento ou
repressão de atos violentos. Programa de apoio e acompanhamento de
profissionais vítimas de violência no trabalho ou submetidos a situações de
estresse agudo de alta intensidade.
Transtornos das
articulações - Principais causas são -
posturas inadequadas. Movimentos repetitivos associados a cargas (membros
inferiores), obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente
ocupacionais, porém muito significativos). Como Prevenir: Adequação do mobiliário, redução da
necessidade de uso da força e do número de repetições; pausas e exercícios
preparatórios e compensatórios. Definição de metas adequadas; boas relações
interpessoais, clareza sobre o que é esperado de cada um. Programas de
incentivo à prática regular de atividades físicas e ingestão frequente de
líquidos.
Varizes nos
membros inferiores - Principais causas: trabalho em pé ou sentado com pouca movimentação. Obesidade
e sedentarismo (fatores não necessariamente ocupacionais, porém muito
significativos). Como Prevenir: Análise
ergonômica das tarefas para adequação do mobiliário e equipamentos, permitindo
a alternância de posturas e mobilidade no posto de trabalho; exercícios
preparatórios e compensatórios. Programas de incentivo à educação alimentar e à
prática regular de atividades físicas de intensidade moderada.
Transtornos
auditivos (principalmente
perda auditiva) - Principais causas:
exposição a ruídos. Trabalho com produtos químicos, principalmente solventes (tinner,
tolueno, xileno e similares). Como
Prevenir: Proteção coletiva com isolamento das fontes de ruído
(medida mais importante). Uso de protetor auditivo (medida complementar – não
deve ser a única proteção). Ventilação exaustora e/ou isolamento dos processos
com uso de solventes. Uso de máscaras de proteção: protetores respiratórios
específicas para produtos químicos (medida complementar: não deve ser a única
proteção).
Já que estamos abordando as nuances das
doenças ocupacionais, é importante também saber o que não é. Para clarificar o
que pode não ser uma doença ocupacional precisamos pensar no nexo
de causalidade, ou seja, qual o vínculo fático que liga o
efeito à causa.
A própria lei já estabelece prerrogativa
sobre o que não é considerado uma doença profissional, vejamos: Doença
degenerativa: estas
são doenças que em geral, irão surgir de maneira natural e comprometem o
organismo causando uma deterioração do corpo (ou parte dele).
Inerente a grupo etária: assim
como a doença degenerativa, são aquelas doenças que surgem de forma natural e
que atingem certa faixa etária, como por exemplo: Parkinson ou Alzheimer. Doença
endêmica: são
infecciosas, mas na grande maioria reservada a uma região ou área específica. Fortalecer
a saúde do trabalhador é muito importante para a sua saúde como da empresa, utilizamos
como fonte de pesquisa o site do Ministério do Trabalho. Cuide sempre da sua
saúde, prevenção é o melhor remédio.
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