HEREDITARIEDADE E PREVENÇÃO
A hereditariedade das doenças estão fora do nosso
controle, mas muitas delas só desenvolverá se perdermos o controle. O
trocadilho acima é de vital importância para mantermos nosso equilíbrio e
qualidade de vida. Nós quando nascemos, chegamos em ritmo de festa e alegria, porém,
não escolhemos nossos pais, avós, tios, irmãos. Demora um determinado tempo
para que nós possamos compreender toda essa estrutura familiar que nos cerca e
aos poucos vamos entendendo quem são essas pessoas. Mais tarde ainda,
descobrimos que elas não são “perfeitas”, apresentam alguns problemas, que
chamamos de doenças, e de repente damos conta que nós também podemos ter
chances de não ter essa perfeição. Vamos exemplificar, problemas
cardiovasculares, nós não sabíamos se iriamos nascer numa família propensa para
desenvolver esta doença, ou não.
Se não somos perfeitos, somos os mais próximos da
perfeição, alguns “defeitos de fabricação” do nosso organismo pode acarretar
danos que irão determinar nossas vidas. Ao notarmos com uma família que o avô,
os pais, os tios, primos, apresentam um padrão de peso acima do normal, sendo
ou não obesos, temos o hábito de dizer que os filhos destas pessoas serão
obesas, ou terão a propensão de viver com a obesidade. Mas, não podemos de
maneira nenhuma afirmar isso com certeza absoluta.
Vamos seguir a lógica do raciocínio prático para entendermos
que nossos hábitos de vida influenciam até mesmo nas características mais
marcantes das tendências de nossas famílias – você pode ter pais obesos, mas se
corrigir seus hábitos de vida, com controle alimentar, atividades físicas
regulares, você poderá manter seu peso dentro do padrão normal. Você pode ter
herdado esse “erro de fabricação”, mas não deixou que ele interferisse na sua
saúde por conta do seu estilo de vida.
Voltando ao assunto das doenças cardiovasculares,
vemos que doenças como hipertensão arterial, infarto do coração e arritmias,
quando acometem nossos parentes de primeiro grau elas tem a tendência de nos
acometer, e mudar o curso da nossa história, mas de novo vamos repetir – mudar
o hábito de vida, pode mudar o curso das probabilidades que herdamos.
Pressão arterial é uma questão muito ligada aos
fatores genéticos, é comum observarmos que famílias inteiras tomam
anti-hipertensivos, não podemos negar a herança genética, mas podemos ter um
domínio próprio sobre nossas vidas e sobre nossa saúde, ao sabermos que essa
tendência existe e já se instalou em vários membros da família, não devemos
descuidar da alimentação, da falta de exercícios, do uso de alguns suplementos
que possam nos beneficiar. Essas atitudes talvez não nos livrará da hipertensão
arterial, mas pode retardar o aparecimento ou controlar a sua progressão.
É muito comum também, as pessoas se auto sentenciar
com a morte – meu pai morreu de infarto, minha mãe também – eu sei que também
vou infartar. Falar isso e não tomar nenhuma atitude preventiva é um suicídio.
Não significa que todos da família irão infartar, mas se for negligente com os
hábitos de vida, fazer tudo o que não pode ser feito, o risco se torna muito
maior, quase que na totalidade do percentual, lembre-se nesse e outros casos –
seu coração merece atenção e redobrada.
Devemos utilizar a
medicina preventiva como meta
de manter nossa saúde e evitar o desenvolvimento de doenças. Sua atuação ocorre
em todos os níveis da prevenção. Isso envolve não só prevenir o surgimento de
doenças em pessoas saudáveis, como também retardar o desenvolvimento de
enfermidades já instaladas e minimizar suas complicações, as doenças
hereditárias encaixam perfeitamente no conceito da prevenção. Portanto, precisamos aprender desde cedo que nós
herdamos tendências de nossos pais, avós, que nascemos com alguns poucos
defeitos, mas temos a maior qualidade de todos os seres vivos, a inteligência,
para sabermos lidar com as situações adversas, principalmente com as
conhecidas, não podemos controlar toda nossa herança genética, mas podemos de
forma positiva intervir em algumas práticas erradas que cometemos contra nossa
saúde no dia a dia, e seguindo a orientação de profissionais da área, buscarmos
o equilíbrio, entre herança genética, qualidade de vida, saúde mental e hábitos
saudáveis, se não pudemos escolher a família que nascemos, podemos escolher o
ritmo de nossas vidas.
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