TEMOS QUE
FAZER PARTE DA SOLUÇÃO E NÃO DO PROBLEMA
Segundo o dicionário, aglomerar é: juntar uma coisa com outra
de modo que ambas fiquem no mesmo lugar; reunir; acumular; reunir muitas
pessoas num só lugar. Prestem atenção na definição, reunir muitas pessoas num só
lugar, isso não pode ser levado em consideração quando o assunto é coronavírus,
em se tratando do vírus causador da Covid 19, basta reunir uma pessoa diferente
do núcleo familiar que já e aglomeração, e entendam como grupo familiar, apenas
as pessoas que residem na mesma casa.
Eu sei, você pode estar pensando que o assunto é chato, muito
usado hoje em dia, que não aguenta mais falar em coronavírus, porém, infelizmente
é necessário falarmos e lembrarmos sempre do tema, pois o sistema de saúde está
à beira de um colapso, ou já entrou em situação desesperadora em muitas cidades
e nós temos que fazer parte da solução e não do problema.
É lógico, eu
também acho que o distanciamento social cansa, e que muitas das “furadas de
quarentena” são motivadas pela saudade de amigos, familiares e acontecem sem pensarmos
nas consequências, há quem tenha aberto precedentes para ver pessoalmente
alguns entes queridos e aplacar a solidão imposta pelo distanciamento. O
problema é que assim como qualquer interação social em meio à pandemia do
coronavírus, encontros familiares e reuniões entre amigos, receber ou ir na
casa de apenas um amigo, já podemos falar em aglomeração, são momentos
propícios à disseminação da doença. Hoje em dia, temos o hábito de verificarmos
tudo na internet, então e só fazer uma rápida pesquisa em sites de notícias
para constatar que, ao longo dos últimos meses, ingênuos churrascos em família,
visita rápida de um amigo, um jantar oferecido para um casal conhecido, já se
tornaram tragédias potencialmente letais.
Passou um ano de pandemia, estamos exaustos e enclausurados,
no meio da onda de notícias que nos causam desconforto, ansiedade, insegurança,
tristeza, e trago uma má notícia, ainda não temos um protocolo seguro para
matar a saudade de amigos e parentes de forma presencial. Pode ser repetitivo,
ou soar como um “chavão”, mas a melhor forma de preservar a si mesmo e às
pessoas mais próximas ainda é a paciência.
Não temos nenhuma definição científica sobre como
fazer isso de forma segura. Sair para encontrar alguém, ou receber em casa
pequenos grupos ou uma única pessoa e ficar sentado numa mesa, sem o uso de
máscaras, e principalmente se for em ambientes fechados agrega riscos,
individuais e coletivos. Neste mês de Abril, com as mortes batendo recordes, não
é o momento de relaxar as medidas de distanciamento, saia de casa apenas para
ir ao trabalho, para ir ao médico ou outra atividade que envolva sua saúde,
seja ela física ou mental, ou para comprar algo de extrema necessidade, se
puder fazer isso por meios eletrônicos e solicitar entrega em casa, melhor
ainda. Todos países, que passaram por turbulentos períodos e liberaram
aglomerações em grupos ou para pequenos grupos tiveram que retroceder.
Existem entendimentos que demonstram uma pessoa que
ficou em casa, sem sair para nada, durante 10 ou 14 dias, não oferece risco
nenhum e pode sair de casa, todavia, ela pode voltar contaminada, basta
aglomerar com um portador assintomático da doença. Mesmo se você é vacinado ou onde irá se
reunir as pessoas já sejam vacinadas, não existe risco zero, alguém pode estar
contaminado nesse grupo.
Não quero causar medo e nem que tenham a sensação
que estou aterrorizando-os, mas o momento pede cautela e muita atenção. Nas
ocasiões onde os encontro são inevitáveis não se esqueça de higienizar as mãos,
com água e sabão ou álcool em gel, usar sempre máscara e manter uma distância
no mínimo de um metro e meio das pessoas. Nós temos que garantir a nossa parte,
pois não temos como saber se nossos amigos ou pessoas a quais iremos nos
encontrar, como por exemplo, no mercado, estão fazendo as mesmas coisas.
Por maior que seja a saudade, aproximar-se de
pessoas, neste momento, é uma atitude irresponsável. Lembre-se - o vírus também é transmitido por quem não
apresenta sintomas, e a permanência no mesmo ambiente por alguns minutos pode
ser suficiente para a contaminação. É nosso dever prestar auxílio aos mais
velhos e mais vulneráveis, tomando todos os cuidados necessários, mas colocar
os outros em risco desnecessário é falta de empatia.
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