TRABALHAR EM CASA, NÃO É VIVER PARA O TRABALHO
Muitas pessoas
sempre tiveram um sonho, trabalhar sem sair de casa, o famoso “Home Office”,
com o advento da pandemia do novo coronavírus, esse sonho tornou-se realidade
para muitos trabalhadores, pois o isolamento social possibilitou para muitos
essa prática de trabalhar em casa.
Porém, a pandemia que nos pegou de surpresa, também foi surpreendente
neste cenário, e o sonho para muitos tornou-se um pesadelo, muitos não
imaginavam e não estavam preparados para colocar em prática este jeito de
trabalhar.
As pessoas se
sobrecarregam demasiadamente e o índice de Síndrome de Bournout tem crescido
significativamente, por conta disto. Causando um outro problema, além dos
inúmeros que temos carregado nos ombros nos últimos quatorze meses.
A síndrome de Bournout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo
estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho
desgastantes, também conhecida como
síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito
em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está
registrado no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional
de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) como um dos fatores que
influenciam a saúde ou o contato com serviços de saúde, entre os problemas
relacionados ao emprego e desemprego. Todavia, esse estado de tensão, com o
trabalho em casa, foi piorando para muitos, devido a grande confusão que a atividade
laboral passou a ter, não respeitando o tempo de trabalho, o excesso de tempo
dentro de casa, a falta de horários definidos para refeições e atividades de
lazer; pode se dizer que o dia de trabalho tem hora para começar, mas não tem
hora para terminar. Estar em casa, não significa estar disponível para o
trabalho vinte e quatro horas por dia, mas muitos confundem trabalhar em casa
com disponibilidade total para o trabalho e não conseguem perceber o malefício
que causam aos outros com e-mails, mensagens por Whats App, reuniões totalmente
fora de horário normal, chamadas de vídeos inoportunas e ligações tarde da noite,
fazendo com que o trabalhador se sinta angustiado, estressado e doente.
Não é
difícil perceber que atividade laboral está se transformado em doença, quando
os sintomas começam a aparecer - com sentimentos de exaustão, falta de energia,
distanciamento mental do trabalho, ou seja, perda de foco, sentimentos de
negativismo, queda na eficiência, estresse, angustia, perda de interesse pelo
trabalho e outras consequências mais graves.
O quadro vai se
tornando cada dia mais grave, até chegar ao colapso. O trabalhador em “home
office”, necessita entender que existem maneiras práticas e fáceis de passar
pelo trabalho em casa, sem acabar na Síndrome de Bournout, seguindo algumas
orientações de profissionais aptos para esclarecer como driblar a síndrome – não
deixar o cérebro ficar preguiçoso, com “cara de sono”, tirar o pijama ao
acordar, arrumar-se para o trabalho gera uma informação de produtividade,
trocar de roupa dá ao cérebro a indicação que chegou a hora de ir trabalhar,
mesmo que seja em casa, isso renovará as energias. Tirar um momento do dia para
relaxamento, fazer exercícios físicos e deixar esses momentos para a vida
pessoal, eles são de suma importância para diminuir os estresse e aumentar a
produtividade. Como está complicado sair de casa e perigoso evitar o isolamento
social, separar um ambiente em casa, que não seja o ambiente de trabalho para
essas atividades, dará uma sensação de mudança de ares, trazendo bem estar.
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