VELHICE
NÃO É DOENÇA
Esta semana
que passou, no dia 15, tivemos uma data de grande importância para a população
idosa do Brasil, o dia mundial de conscientização da violência contra a pessoa
idosa, e está data quase que passou desapercebida da grande mídia. O dia foi criado
em 2006, durante uma reunião entre representantes de diferentes países e
coordenada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e Rede Internacional de
Prevenção à Violência à Pessoa Idosa. Essa rede também é composta por entidades
ligadas aos direitos humanos e à defesa da vida. O IBGE (Instituto Brasileiro
de Engenharia e Estatística) calcula que em 2025, teremos no Brasil em torno de
32 milhões de pessoas acima de 60 anos. Na mesma pesquisa apresenta um outro
dado em 2050 teremos 14% de crianças e 23% de idosos, ou seja, nossa população
de idosos será maior que a infantil. A importância da data se refere a
necessidade de refletirmos sobre essa mudança do gráfico da faixa etária e nos
prepararmos para tomarmos medidas eficazes e concretas para enfrentarmos os desafios
do envelhecimento da população. Todavia, no momento presente devemos nos ater
em várias questões relacionadas a longevidade e prestar uma assistência digna e
permanente à saúde do idoso. Lógico, que o envelhecimento traz limitações para
muitos e é notável um aumento na possibilidade de adquirir doenças crônicas.
Muitos idosos se tornam mais vulneráveis a violências, por conta disso devemos
mencionar os direitos dos idosos, como sendo uma conquista para se tenha um
envelhecimento digno e saudável, devemos participar com força e coragem em
campanhas que busquem combater quaisquer formas de violência, intolerância,
preconceitos e maus tratos aos idosos e sermos um divulgador e incentivador dos
conselhos que lutam pelos direitos dos idosos. É nosso dever denunciar casos
suspeitos de desrespeitos as leis que os ampara.
Impossível
viver sem deixar de envelhecer, mas podemos envelhecer de maneira diferente se
planejarmos o envelhecimento, o maior problema de envelhecer se refere ao setor
da saúde, e os cuidados antecipados com a saúde podem garantir uma qualidade de
vida melhor na fase idosa. Manter o equilíbrio entre o bem estar físico, mental
e social é a chave do sucesso.
Somos da
opinião que velhice não é doença, e muito nos preocupa a nova Classificação Internacional
de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) que no ano de 2022, quer
incluir velhice como doença. Pesquisadores e estudiosos do assunto acreditam
que possa ter uma “pegadinha” nisso, sabemos que a grande maioria das mortes
após os 60 anos ocorrem por doenças cardiovasculares, oncológicas,
neurológicas, entre outras, agora se todos os motivos de morte forem atribuídos
à velhice, iremos correr o risco de faltar dados e informações precisas para
contermos o avanço e a mortalidade dessas doenças.
Não podemos considerar a velhice uma doença, ela faz parte da nossa
vivência, é o valor atribuído ao passar do tempo, e temos que aproveitar a
velhice com muito ânimo, entusiasmo, e orgulho.
O avanço das
tecnologias, o desenvolvimento da medicina e do mercado farmacêutico, aliado a
novas oportunidades e maneiras de encarar a terceira idade de vida é a garantia
de uma velhice saudável e promissora.
Concluo afirmando que a data serve também para que
os idosos busquem os seus direitos, garantam o seu espaço e vivam de modo pleno
e abundante – envelhecer não é doença é um privilégio.
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