TEMOS
OUTRAS MARCAS PARA NOS PREOCUPARMOS
Parece que a situação
não melhora nunca, agora que estamos tendo um pequeno avanço na vacinação, pelo
menos até o dia que escrevo esse artigo, algumas pessoas começam a “criar
problemas” escolhendo a marca da vacina que querem tomar, e o pior, estão
abandonando os postos de vacinação sem aplicar a mesma. A situação foi matéria
no conceituado portal G1, e muito bem articulado o jornalista disse que vacina
não é cerveja e nem vinho para escolher a marca, convenhamos ele está coberto
de razão.
Precisamos discutir
alguns pontos básicos de uma campanha de vacinação, para termos argumentos
necessários para convencer as pessoas que o melhor é se vacinar com aquela ou
com a outra vacina. Acontece, que todo mundo virou especialista em vacinação,
em saúde e por fim em Covid, nos grupos de Whats App, sempre tem aquele ou
aquela que defende uma vacina e menospreza a outra, sem dados técnicos e
científicos. Vamos começar pautando que com raríssimas exceções de pessoas que
não podem tomar uma determinada vacina por problemas específicos, todas as
disponíveis estão aptas para serem aplicadas.
Outro ponto se refere a
cobertura vacinal, que é o número maior de pessoas vacinadas, precisamos
atingir urgentemente essa cobertura vacinal, para frearmos o aumento no número
de pessoas contaminadas, então no momento é mais importante estarmos vacinados.
Essa cobertura vacinal, nos faz pensar na imunidade individual mas
principalmente na imunidade coletiva. Todos imunizantes tem eficácia diferente
para o uso individual, no coletivo a eficácia se torna grande. Todo
profissional de saúde deve ter em mente essa responsabilidade coletiva e
transmiti-la para seus assistidos.
Estamos cansados em
saber que todas as vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil são eficazes
para nos proteger de casos mais graves da doença e até de morte. Óbvio, que
ocorrem casos graves e até mortes em vacinados, mas também estamos cansados em
saber que não existe 100% de garantia.
Como estamos numa
pandemia causada por vírus, as variantes são comuns e a chamada melhor vacina
de hoje, pode ser que não seja eficaz contra a variante de amanhã, e a
considerada a pior de hoje, seja eficaz contra essa variante de amanhã.
A única diferença de
imunizar a população com vacinas de eficácia menores, é que teremos que vacinar
mais pessoas para atingirmos a cobertura vacinal, isso segundo pesquisas e
levando em consideração a campanha feita na cidade de Serrana, deve ser algo em
torno de 75% da população vacinada.
Outro assunto
preocupante é a descrença criada em torno das vacina de origem Chinesa,
pejorativamente está sendo criticada por pessoas que desconhecem que o país
asiático é um dos principais fornecedores de medicamentos e insumos para a
indústria farmacêutica nacional. A maior parte das vacinas do Brasil vem da
Índia, seguida de França, Indonésia, Estados Unidos, Coreia do Sul e Reino
Unido — das 32 disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS),
16 são importadas.
Os laboratórios
nacionais importam cerca de 90% dos chamados (IFA) Insumos Farmacêuticos Ativos.
Os dois maiores fornecedores são Índia (37% dos princípios ativos, biológicos
ou não) e China (35%).
Nesse momento sem igual,
alguns resolveram conhecer laboratórios e marcas de vacinas como nunca antes. O
programa de imunização do Brasil é um dos mais avançados do mundo, e acredito
que a esmagadora maioria das pessoas que se vacinam anualmente ou que levam
seus filhos para serem vacinadas, nunca se preocuparam em saber a origem da
vacina, de onde vinha, de qual país, de qual laboratório, sua taxa de eficácia
e sempre tivemos resultados satisfatórios - controlamos e erradicamos inúmeras
doenças com nosso plano nacional de imunização.
Pensar coletivamente,
deixar ideologias políticas de lado, torcer pelo fim da pandemia, ser contra
apenas do vírus, deve ser o pensamento de todo cidadão e cidadã consciente.
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