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VACINADOS PRECISAM MANTER OS PROTOCOLOS DE SEGURANÇA

 

Demorou, mas a vacinação da Covid avança mais rapidamente agora no Brasil, e com ela surge um novo panorama de esperança e um novo quadro de preocupação. É difícil de entender as reações e a lógica dos comportamentos humanos, e nesse tenebroso momento tem atitudes que causam perplexidade. Temos visto muitas pessoas vacinadas deixando de lado os protocolos existentes para evitar a contaminação pelo Sars-Cov-2, sob a argumentação de estarem vacinadas, são pessoas que estavam ansiosos para voltar à normalidade e fazendo planos para depois de tomar a vacina. Todavia, a rotina não pode voltar ao normal logo após a imunização. É necessário ter um pouco mais de paciência, para viver momentos de normalidade. Geralmente, esses comportamentos vem acompanhados das retóricas mais diversas e umas delas se refere ao fato de não aguentarem mais ouvir falar em vacinas, mas diante da situação podemos dizer que essas pessoas precisam sim, não só ouvir, mas aprender um pouco sobre as vacinas. As vacinas contra a Covid-19 não impedem de contrair o novo coronavírus. No entanto, os casos de pessoas que ficam doentes mesmo após tomar as duas doses de algum dos imunizantes disponíveis não significam que eles não funcionem. Isso pode acontecer porque nenhuma vacina disponível no mundo atualmente tem eficácia de 100% contra o vírus Sars-CoV-2, ou seja, não impede que o indivíduo seja infectado e passe a doença para outras pessoas. Mas elas são eficazes de evitar os casos graves da doença, que levam à intubação e à morte.  Outro fator a observar, mesmo após tomar a segunda dose da vacina, é possível contrair a doença, pois a proteção maior acontece entre duas ou quatro semanas depois da aplicação da segunda dose. Vejam bem, quem tomou a primeira dose não está ainda imunizado e pode contrair o vírus.

Reafirmo, não estou dizendo que a vacina não imuniza ou não tem efeito, mas se não respeitar o tempo hábil para o organismo desenvolver a imunidade esperada, a pessoa pode se contaminar e disseminar a doença entre a população. Vamos lembrar que a esmagadora maioria da população ainda não tomou a segunda dose, isso significa que essas pessoas continuam desprotegidas contra a Covid-19. Essa semana tivemos a triste notícia que uma nova variante está circulando em São Paulo, e se não tomarmos os cuidados necessários, logo pode se espalhar. O Sars-CoV-2 ainda está se disseminando sem controle em várias partes do mundo, isso faz surgir as novas variantes que podem não terem cobertura das vacinas. A ciência tem plena convicção que o vírus precisa parar de circular para as variantes pararem de surgir. A orientação é que as pessoas vacinadas mantenham as medidas de proteção até que a maior parte da população esteja vacinada, o que deve demorar algum tempo. É por isso, que a recomendação de manter distanciamento social e o uso de máscara, evitar sair de casa, não se aglomerar sem necessidade, se mantém mesmo para quem já tomou as duas doses da vacina. É um grande erro achar que pode se reunir em grupos por menor que seja esse grupo, sob o argumento e que todos os integrantes do mesmo estão vacinados, estar vacinado não significa estar totalmente garantido contra o vírus, e isso pode proliferar o contágio. O relaxamento do uso da proteção já acontece em alguns países da Europa, Israel e algumas localidades dos Estados Unidos, mas a pandemia está controlada e os índices de vacinação são altos, o que ainda não é a nossa realidade. Sempre é bom também reafirmarmos que é um grande erro a pessoa querer escolher a marca da vacina que irá receber, como citamos aqui na semana passada, e essa semana alguns municípios tomaram drásticas ações contra esses atitudes dos chamados sommeliers de vacina.

 A melhor vacina que temos no momento é aquela que está aplicada no nosso braço e o melhor comportamento que temos que ter agora é de não negar a realidade.

 

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