HEPATITE MEDICAMENTOSA
Hepatite medicamentosa é uma inflamação do fígado causada por algumas
substâncias as quais o paciente está exposto e pode dar os primeiros sinais
pouco tempo após o organismo ser atingido pelo agente agressor.
Entre essas
substâncias que causam danos ao fígado estão incluídos medicamentos, outras
substâncias e até suplementos nutricionais. Sabemos que se trata de um problema
complexo e que está relacionado a vários fatores, pode ou não estar relacionado
com o tempo de uso do medicamento, dosagem, ausência de
acompanhamento médico, automedicação, interação entre os remédios, abuso de
álcool e até mesmo predisposição genética de hipersensibilidade a alguma
substância.
É
uma doença mais frequente do que se imagina, ela tem um sério agravante, pode
começar de forma assintomática, sem a pessoa sentir. Quando se torna
sintomática, a lesão progride e pode chegar na fase avançada. Os sintomas
geralmente aparecem de forma repentina, os sintomas mais
comuns são: febre; coceira pelo corpo;
náuseas e vômitos; mal-estar; aspecto amarelado na pele e na parte branca dos
olhos.
Mas, apesar
de os sintomas geralmente costumarem sumir com a interrupção da exposição do
paciente ao agente agressor, a hepatite
tóxica medicamentosa pode também causar danos permanentes ao fígado, causando
cicatrizes irreversíveis no tecido hepático (cirrose) e, em alguns casos,
insuficiência hepática, que pode ser fatal.
Medicamentos
considerados de baixo risco por não exigirem prescrição médica podem agredir o
fígado e gerar a hepatite medicamentosa tóxica. Analgésicos, anti-inflamatórios
de venda livre podem danificar o fígado; especialmente se tomados com
frequência ou combinados
com álcool. Podemos citar por exemplo as estatinas usadas
para tratar o colesterol alto, antibióticos e a associação de outros
medicamentos como a amoxicilina-clavulanato, fenitoína, azatioprina, niacina,
cetoconazol, drogas antivirais e esteróides anabolizantes e muitos outros.
Existe
a variabilidade individual e a predisposição genética. Cada metabolismo vai
reagir de uma forma, alguns são mais suscetíveis a ter a lesão pelo medicamento.
Algumas pessoas questionam por que então pacientes que tomam remédios
contínuos, como em casos de lúpus ou tuberculose, não têm hepatite
medicamentosa. Nesses casos, a diferença é que há um acompanhamento constante
de um médico, que certamente irá pedir exames que mostram se há algum
comprometimento do fígado, essa mesma conduta serve para todos os medicamentos,
não pode se automedicar, tem que ter acompanhamento médico para avaliar o
paciente, sempre.
Muitas
pessoas acreditam que os fitoterápicos, ervas e suplementos, são inofensivos ao
fígado, isso é um engano, até mesmo o uso indiscriminado e abusivo de
suplementos vitamínicos podem causar danos hepáticos.
Com o
diagnóstico correto da doença, o primeiro passo, então, é identificar o medicamento ou
substância que causou a hepatite medicamentosa e suspender o uso, o médico
recomendará o tratamento adequado.
Vale reafirmar que o uso indiscriminado de
medicamentos, a automedicação e a falta de acompanhamento adequado são os
principais pilares que causam a hepatite medicamentosa, portanto, prevenção e
cautela são importantes sempre que for necessário usar um medicamento.
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