CANSAÇO,
DOR E UM DESÂNIMO GENERALIZADO
De repente aparece
um cansaço intenso, que pode piorar com atividade física e mental mas que
também não melhora com o repouso. Parece que sentimos cansados ao extremo,
somos acometidos de uma fadiga sem igual, no linguajar popular – dói do fio de
cabelo ao dedão do pé. Isto pode ser
síndrome da fadiga crônica é
uma doença caracterizada pela fadiga extrema,
que não pode ser explicada por nenhuma condição médica subjacente. Ou seja, a pessoa sente-se
persistentemente cansado sem uma causa aparente, independente da quantidade de
repouso que realize. Embora na maioria dos casos a causa seja desconhecida,
fatores estressantes orgânicos como infecções ou psicológicos podem desencadear
o início dos sintomas. O tratamento deve ser direcionado para um melhor
controle dos sintomas e muitos pacientes podem se recuperar da SFC (síndrome de
fadiga crônica) com o passar do tempo.
Difícil de ser diagnosticada, a
síndrome da fadiga crônica é muito confundida com outros distúrbios, como fibromialgia, depressão, e cercada de mitos e concepções erradas.
Podemos dizer que é uma doença cruel e debilitante, que provoca dores intensas, cansaço
constante, infecções recorrentes, insônia, desânimo, distúrbios
gastrointestinais e incapacidade de executar as tarefas mais básicas do dia a
dia.
Parece inacreditável, mas pesquisas demonstram que
o cansaço está entre as cinco principais causas que leva a pessoa a procurar um
médico clínico. Geralmente o médico busca procurar sintomas, queixas e causas
que podem levar a esse cansaço e falta de disposição que incomoda a ponto de
procurar ajuda entre elas as mais comuns podem ser: doenças cardiovasculares
que incluem entre outras a insuficiência cardíaca, arritmias; doenças autoimunes, como lúpus, polimiosite; doenças pulmonares que podem ser enfisema, quadros infecciosos, etc; hipotireoidismo, diabetes ou outras doenças
endócrinas; doenças musculares e neurológicas; apneia do sono e narcolepsia; abuso de
álcool e outras drogas; obesidade; depressão
e outros distúrbios psiquiátricos; infecções; tumores malignos.
Na prática observa
se que um grande número de pessoas não se enquadra em nenhum desses
diagnósticos acima descritos, é comum atribuir
a queixa a noites mal dormidas, falta de atividade.
física, estilo de vida não regrado, problemas
de origem psicológica e às vezes até mesmo a falta.
de vontade de enfrentar a vida com seus
sabores e dissabores.
Porém, a cada dia a pessoa vai piorando e
chega o momento que descobre que ela sofre de
síndrome de fadiga crônica, uma doença que acomete
menos homens e mais mulheres.
É comum desenvolver a doença após ter tido uma
infecção viral, que levaram a uma gripe, resfriado, sinusite, etc.
Cientistas também verificaram que o sistema
imunológico de pessoas que têm síndrome da fadiga crônica parece mais enfraquecido
que o de pessoas totalmente saudáveis. Não está claro, no entanto, se essa
deficiência é suficiente para causar o transtorno.
Sabe-se também que estes pacientes também têm, por
vezes, os níveis de hormônio em quantidades anormais na corrente sanguínea –
principalmente os hormônios produzidos pelo hipotálamo, pela hipófise ou pelas
glândulas suprarrenais. Mas, as motivações dessas anormalidades também são
desconhecidas. Apesar das causas da síndrome da fadiga crônica ainda não estar
totalmente esclarecida para os médicos, alguns fatores são conhecidamente
capazes de aumentar o risco de ocorrência da doença, como idade - é
mais comum em pessoas entre os 40 e os 50 anos.
Também uma grande carga de estresse na rotina,
principalmente no trabalho e nas relações íntimas e familiares, parece estar
envolvida na ocorrência da síndrome da fadiga crônica.
Existem alguns sinais elencados a
doença como: perda de memória ou de concentração; garganta inflamada; aumento
dos gânglios linfáticos no pescoço ou nas axilas; dor muscular inexplicável;
dor nas articulações, principalmente quando a dor migra de uma articulação para
outra, sem apresentar, no entanto, nenhum sinal de inchaço ou vermelhidão na
área afetada; dor de cabeça; sono recorrente e intermitente; exaustão extrema
que dura mais de 24 horas após o exercício físico ou mental. Não há um
tratamento específico para a SFC (síndrome de fadiga crônica). As medidas visam
controlar os sinais e sintomas, utilizando uma combinação de tratamentos que
somente com a avalição de um especialista pode ser determinado, mas é um
tratamento amplo e complexo que envolve uma equipe multidisciplinar de saúde,
pois pouco se sabe sobre a doença, porém, como a depressão, é vista com
preconceito, devido à falta de informação sobre a enfermidade, os seres humanos
têm preconceito com o que não conhecem. A demora no diagnóstico da síndrome
intensifica até mesmo os sintomas, muitas vezes a pessoa não consegue sair do
estágio paralisante em que se encontra por não entender o que está passando, é
preciso compreender o paciente e a família que não é falta de vontade, mas sim
incapacidade física de responder aos próprios comandos.
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