DEVEMOS NOS
ORGULHAR DO SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos
sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento
para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o
transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para
toda a população do país. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso
universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à
saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de
todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com
qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.
O Sistema Único de Saúde (SUS)
é composto pelo Ministério da Saúde, Estados e Municípios, conforme determina a
Constituição Federal. Cada ente tem suas co-responsabilidades.
Conforme a Constituição Federal
de 1988 (CF-88), a saúde é direito de todos e dever do Estado. No período
anterior a CF-88, o sistema público de saúde prestava assistência apenas aos
trabalhadores vinculadas à Previdência Social, aproximadamente 30 milhões de
pessoas com acesso aos serviços hospitalares, cabendo o atendimento aos demais
cidadãos às entidades filantrópicas.
Três princípios norteam o
SUS - Universalização - saúde é um
direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este
direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as
pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características
sociais ou pessoais. Equidade: o
objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas
possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm
necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar
desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. Integralidade: este
princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas
necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a
promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação.
Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com
outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as
diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos
indivíduos.
O SUS não é só para pobres ele é uma patrimônio de nossa
sociedade e deve ser sempre preservado. A classe média e alta usa o SUS todos
os dias mesmo sem perceber. Usa a vacinação, usa vigilância Sanitária, usa a
Vigilância Epidemiológica e tudo isto está dentro SUS e tudo isso a gente usa e
nem percebe. Em caso de acidente grave a
pessoa é levada para um hospital público de referência onde haverá
especialistas experientes, treinados e mantidos pelo SUS, se quiser pode ser
transferido para um hospital particular, mas se quiser pode ficar na rede
pública independente de sua posição social e econômica.
Diante das incertezas da crise
desencadeada pelo aumento de casos de infecção e mortes por coronavírus no Brasil, que colocou o país de quarentena, a única certeza é a urgência de
valorização do Sistema Único de Saúde (SUS), que mesmo com as perdas de verbas nos últimos anos ainda consegue
oferecer todo tipo de tratamento para toda a população.
Se não fosse o SUS e seus
trabalhadores, a situação seria muito pior no Brasil. Muito pior que a da Itália e da Espanha, onde a gente vê as pessoas sendo internadas em
casa, e os médicos sendo obrigados a escolher quem vai viver e quem vai morrer
para colocar no respirador, porque a contaminação foi muito grande e não teve
como fazer o atendimento da maioria das pessoas. Isso num quadro catastrófico
também pode vir a ocorrer no Brasil, mas o Ministério da Saúde, o estado e o
munícipio vem tomando medidas para evitar o colapso do nosso sistema de Saúde e
salvar o SUS.
Apesar das dificuldades, estamos
numa situação incomparável à de muitos países. Devemos defender o SUS e nos
orgulhar da existência dele.
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