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 Março Lilás é o nome dado ao mês voltado para a promoção de informação e combate ao câncer de colo de útero

No último trimestre do ano, a campanha do Outubro Rosa tem como tema central o combate ao câncer de mama. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) o câncer de mama é o que apresenta a maior taxa de mortalidade entre mulheres no Brasil

Já em março, o objetivo é alertar sobre os perigos do câncer de colo de útero, que, excluídos os tumores de pele não melanoma, é o terceiro tipo de câncer que mais acomete mulheres no Brasil. Causando cerca de 311 mil óbitos por ano no mundo (IARC, 2020).

Diante desses números é fundamental abordar temas como a prevenção e os impactos positivos de um diagnóstico precoce.

Sem dúvida, o conhecimento sobre a doença é um dos principais recursos para se proteger e vencer uma possível batalha contra ela.

Como ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto, criamos um guia completo sobre o Março Lilás no qual reunimos tudo o que você precisa saber:

  • O que é câncer do colo do útero
  • Prevenção do câncer colo de útero
  • Quais os sintomas de câncer de útero
  • Tratamento.

Também vamos apresentar a história do Março Lilás e abordar a importância da data que incentiva o aumento do cuidado com a saúde da mulher. 

O que é a campanha Março Lilás? 

O objetivo da campanha do Março Lilás é informar e incentivar o cuidado com a saúde feminina usando como tema central o câncer de colo de útero e suas formas de prevenção e combate. 

Você sabia, por exemplo, que o câncer do colo de útero não é causado por condições genéticas, mas pela exposição a alguns tipos de HPV (papilomavírus humano)

A infecção por alguns tipos de HPV podem ser evitadas com a vacina, que é aplicada gratuitamente em Unidades Básicas de Saúde (UBS) emde todo o Brasil. 

A vacina contra o HPV, entretanto, não tem efeito como tratamento ao vírus. Ela atua apenas de forma preventiva, evitando que as pessoas que não tiveram contato com o vírus sejam infectadas. 

Essa é uma das razões para que a vacina oferecida pelo SUS tenha um público-alvo específico, atingindo idades em que a maioria das meninas e meninos ainda não iniciaram suas vida sexual. Adiante falaremos mais sobre isso. 

É importante saber que atualmente existem 13 tipos de HPV considerados oncogênicos, ou seja, que possuem associação comprovada entre a infecção e o câncer. 

Os tipos de HPV 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. 

A disseminação da informação sobre todas essas questões, principalmente sobre a vacina contra o HPV, está entre as principais pautas do Março Lilás. 

Afinal, segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 55% das meninas brasileiras de 9 a 14 anos (público alvo da campanha do SUS) tomaram as doses da vacina contra o HPV, em 2020.

É importante incentivar a vacinação, principalmente nesta faixa etária, se quisermos reduzir significativamente a taxa de incidência da doença na população. 

A campanha Março Lilás também tem como objetivo alertar sobre a necessidade de diagnóstico precoce para reduzir a mortalidade por câncer de colo de útero. 

O artigo, “Testes de triagem para câncer do colo do útero” (original Screening Tests for Cervical Cancer), divulgado pela American Cancer Society, mostra como a detecção precoce melhora as chances de sucesso do tratamento. 

Além disso, o tratamento de lesões causadas pelo HPV também impede que haja progressões que culminam em alterações das células do colo do útero, as tornando cancerígenas.

Para um diagnóstico precoce, entretanto, é fundamental que a mulher realize, periodicamente, o exame Papanicolaou (exame citopatológico), também conhecido como preventivo. 

Incentivar a realização desse exame é uma das grandes bandeiras da campanha do Março Lilás.

Afinal, por meio dele, todo o tratamento se inicia e as chances de cura aumentam muito. 

De fato, segundo dados divulgados pelo INCA, em países desenvolvidos, onde o rastreamento citológico foi implantado de maneira mais ativa, a incidência do câncer de colo de útero foi reduzida em torno de 80%.

A própria OMS, Organização Mundial da Saúde, reforça esse coro, indicando que, com uma cobertura da população-alvo de, no mínimo, 80% e a garantia de diagnóstico e tratamento adequados dos casos alterados, é possível reduzir, em média, de 60 a 90% a incidência do câncer cervical invasivo (WHO, 2002b).



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