DOENÇA DE OUTONO: A RINITE
Todo ano é
sempre a mesma situação: a temperatura diminui, as casas ficam mais tempo
fechadas, os casacos pesados que estavam muito tempo guardados saem do armário
e com isso os problemas respiratórios voltam a aparecer. Mesmo que a pessoa
tenha seu estoque de soro fisiológico bem guardado, antialérgicos na bolsa, a
rinite e outras alergias sempre se intensificam com a chegada das estações mais
frias. Essa semana e as outras que virão escreverei sobre as doenças de outono
e o que fazer para melhorar a sua qualidade de vida – você já deve ter ouvido
diversas dicas como colocar um balde de água no canto do quarto, abrir as
janelas de manhã. Mas algumas outras medidas também podem e devem ser tomadas
para aqueles que sofrem com o inicio dessa estação.
A rinite alérgica é uma
reação imunológica do corpo às partículas inaladas que são consideradas
estranhas. Essas substâncias são chamadas de alérgenos. O nariz é a porta de
entrada para o ar e substâncias carregadas por ele, e tem a função de filtrar
as impurezas, além de umidificar e aquecer o ar que vai chegar aos pulmões.
Quando o individuo já é um alérgico, seu corpo vai ter uma reação exagerada
quando entra em contato com esses alérgenos, ou seja, seu sistema imunológico
vai reagir de forma mais intensa na tentativa de proteger o organismo.
Então, no outono, quando as temperaturas caírem, os casacos aparecerem,
os alérgicos entram em contato com a poeira, pelos e tecidos pesados e o seu
organismo entende que tais partículas são nocivas para o organismo, causando
assim os sintomas típicos da rinite: obstrução nasal, espirros, coceira no nariz
e coriza. Soma-se a isso o fato de que com clima mais seco a mucosa nasal fica
mais irritada com a maior tendência de inflamações locais.
Várias substâncias presentes no meio ambiente são alergênicas, mas a
rinite normalmente é causada por ácaros da poeira
doméstica, mofo, pólen e pelos de animais domésticos. E também por agentes
irritantes, como a fumaça de cigarro, poluição ambiental e odores fortes, tipo
de perfumes, produtos de limpeza. Os ácaros normalmente se alimentam e
material orgânico da pele do homem e de animais e fungos. Por essa razão, os
ácaros se acumulam em colchões e estofados. E saber isso é
essencial para entender como preveni-la.
Entre os
fatores de risco para ter rinite alérgica tem-se: pessoas que apresentam outras
doenças alérgicas tais como: asma, dermatites, conjuntivite alérgica; pais com
rinite (sabe- se que existe um componente genético nas alergias, por exemplo,
se o pai da criança tem rinite, a chance da criança vir ter é de 50%);
frequentar locais mal ensolarados e mal ventilados; a poluição do ar.
As formas de prevenir rinite são: evitar poluição e ar
condicionado; utilizar umidificadores com moderação (o uso não é
contraindicado, mas o excesso pode causar mofo dentro da casa tendo assim um
efeito ao contrario do esperado); cuidado ao varrer a casa (varrer normalmente
não tira totalmente a poeira, além de aumentar o contato da mucosa nasal com a
poeira, o ideal é sempre passar um pano úmido); cuidar da alimentação; encapar
colchoes; evitar
tapetes grandes e carpetes, pelúcias, pilhas de jornais e revistas, madeiras e
outros itens que retém poeira e mofo; trocar e lavar a roupa de cama com água
quente pelo menos a cada semana, as janelas
devem ficar abertas e o ambiente bem ventilado nos casos relacionados a ácaros
e mofo. E devem ficar fechadas (ou bloqueadas com tecido grosso) nos casos
relacionados a pólen de gramíneas e árvores na época de polinização.
Infelizmente a rinite ainda apresenta um alto índice
de automedicação, o que é completamente contra indicado. Mesmo com os sintomas
clássicos pode não ser rinite e a automedicação mascarar outras doenças. Por
isso sempre procure seu médico.
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