DOENÇAS DE OUTONO: A ASMA
Ainda no tópico de doenças do outono iniciado semana
passada, não pode esquecer-se da asma. Já sabemos que durante o outono as
temperaturas caem, o que por si só já irrita as vias aéreas. Somam-se com isso
as infecções virais que triplicam de porcentagem durante esse período e também
o maior contato com ácaros, pelos de animais e fungos graças a ambientes
fechados e o resultado disso tudo pode ser a asma. Se para você outono e
inverno é sinônimo de espirros intermináveis, congestão nasal, noites mal
dormidas e crises de falta de ar, a atenção deve-se ser redobrada.
A asma é uma doença muito comum na infância e na
adolescência. É uma doença inflamatória dos brônquios, também conhecido como vias aéreas,
que prejudica a respiração. Sua incidência é alta: estima-se que ao menos 300
milhõesde pessoas têm asma no mundo todo. No Brasil, os dados não são menos
alarmantes quando se trata da asma. Pelo menos 20 milhões de brasileiros sofrem
com a doença e cerca de 2 mil mortes são registradas todos os anos. A asma
também é uma causa importante de internações no Sistema Único de Saúde (SUS).
Dados do Ministério da Saúde revelam cerca de 350 mil internações hospitalares
por ano, via SUS, por conta de complicações relacionadas à doença.
A doença se manifesta por forma de crises, onde o paciente relata um aperto
no peito, o qual ocorre pois há uma forte
contração dos músculos que controlam a abertura e o fechamento dos brônquios. É
dividida em asma leve, moderada e asma grave (estima-se que 60% dos casos são
de asma leve, 25% moderados e só 15% dos casos são considerados asma
grave). A asma pode também ser ou não
alérgica. A asma alérgica é a mais comum. Ela inicia na infância, tende a
melhorar na adolescência e volta a piorar na idade adulta. A alergia é
desencadeada pela inalação de substâncias como poeira, pólen, mofo, pelos de
animais e produtos químicos. Já a asma não alérgica desencadeada por
situações ou substâncias não alergênicas, como ar seco, clima mais frio,
cigarro – seja fumante ativo ou passivo, perfumes, estresse.
Mesmo parecendo inofensiva não se deve menosprezar a asma.
Asma pode sim ser fatal. No Brasil, a asma é diretamente responsável pela morte de três pessoas a
cada dia. No mundo todo, uma a cada 250 mortes são ocasionadas pela
doença. Infelizmente a asma não tem cura, mas ela pode e deve ser controlada.
Ainda não está claro por que algumas pessoas desenvolvem asma
e outras não, é possível que esta seja uma combinação de influência genética
(fator hereditário) com gatilhos externos, como os alérgenos
(pólen, ácaros), os irritantes químicos (tóxicos, fumaça de cigarro) ou
poluentes, esforço (corrida, esporte), fatores emocionais (incluindo o medo de
uma crise) e estresse, gripes e resfriados, medicamentos, ar frio, (por isso
que os ataques de asma são mais intensos no outono e no inverno), condições
muito úmidas (alta umidade do ar), entre outros.
Para
prevenir a asma, mesmo que pareça repetitivo, deve-se respeitar a terapia
instaurada pelo seu médico. Além de tomar outras precauções como: não fumar
perto de crianças, evitar o contato com alérgenos, praticar esportes permitidos
pelo médico, manter sempre lençóis e roupas de cama limpos e também evitar
ambientes fechados e frios.
É
fundamental consultar um médico se estiver com dificuldades para respirar. Ressalto
que a asma é uma doença crônica e precisa de um acompanhamento médico regular.
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