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 O que você deve saber sobre medicamentos


Vamos listar algumas informações básicas que consideramos importantes para todos

os usuários de medicamentos conhecerem, algumas definições gerais são

fundamentais: droga é toda substância ou matéria prima mineral, vegetal ou animal da

qual se podem extrair um ou mais princípios ativos; fármaco é a substância química de

constituição definida que pode ter aplicação na prática clínica, seja como preventivo,

curativo ou agente de diagnóstico e medicamento é toda substância contida em um

produto farmacêutico empregado para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou

estados patológicos em beneficio do paciente.

Quando falamos em medicamentos a simples definição não é suficiente para orientar a

respeito dos diversos nomes que se dá aos medicamentos, ou seja, o Medicamento

Inovador em geral, é aquele que apresenta marca comercial, e que obteve o primeiro

registro para comercialização (normalmente como medicamento patenteado), com

base em documentos de eficácia, segurança e qualidade reconhecidas pela autoridade

sanitária nacional. Medicamento de Referência, corresponde a um produto

comercializado, com o qual outros produtos pretendem ser intercambiáveis na prática

clinica, geralmente corresponde ao produto farmacêutico inovador, ou na sua

ausência, ao líder de vendas no mercado, para qual se comprovam a eficácia, a

segurança e a qualidade. Medicamento Genérico é um produto farmacêutico que

pretende ser intercambiável com o produto inovador (ou seja, deve apresentar a

mesma segurança e eficácia do medicamento de referência), geralmente produzido

após a expiração da proteção patentária ou outros direitos de exclusividade. O

medicamento genérico deve conter o mesmo fármaco, na mesma dose, forma

farmacêutica e via de administração do medicamento de referência.

Medicamentos Manipulados são aqueles preparados diretamente na farmácia, pelo

profissional farmacêutico, a partir das fórmulas inscritas no Formulário Nacional ou em

Formulários Internacionais reconhecidos pela Anvisa, ou ainda a partir de uma

prescrição de profissional habilitado, que estabeleça em detalhes sua composição,

forma farmacêutica, posologia e modo de usar.

Ainda com respeito á prescrição médica devemos mencionar que ela é um documento

técnico legal que, necessariamente, implica na aquisição de medicamento seguro e

eficaz, devendo ser inteligível e legível, na qual deve constar a indicação do uso interno


ou externo do medicamento, o nome e o endereço do paciente, bem como o endereço

e/ou o consultório do prescritor.

Atentem-se ás informações da bula. Ela é um documento legal e sanitário que contém

informações técnico-científicas orientadoras sobre os medicamentos, as quais são

disponibilizadas aos usuários em linguagem apropriada, ou seja, de fácil compreensão.

Na bula, geralmente, se usa a palavra reação adversa á medicamentos (RAM), essa

reação é qualquer resposta ao medicamento que seja prejudicial, não intencional, e

que ocorre nas doses normalmente utilizadas em seres humanos. Quando se fala em

efeito colateral se diz respeito á um efeito diferente daquele efeito principal,

responsável pelo efeito e uso terapêutico do fármaco; assim, o efeito colateral pode

ser benéfico ou indiferente e não necessariamente uma reação adversa, indesejada.

Algumas orientações gerais quanto á conservação dos medicamentos são: não

remover o rótulo pois ele contém informações importantes, armazenar longe do calor

e da luz direta e manter sempre fora do alcance de crianças, não guardar

medicamentos no banheiro ou próximos da pia da cozinha ou em lugares úmidos, pois

o calor e umidade podem diminuir a eficácia dos mesmos. Quando viajar, leve o

medicamento com você ao invés de colocá-lo em sua bagagem, pois as malas podem

ficar guardadas em áreas muito frias ou muito quentes.

Por fim, é importante salientar os problemas da automedicação, principalmente em

um país como o Brasil, onde o acesso aos serviços de saúde pública é difícil, o nível de

instrução e escolaridade são baixos, onde há carência de informação à população, e

onde se instalou essa prática descontrolada, sendo que o farmacêutico deve contribuir

ativamente na intervenção da automedicação como educador no processo de saúde,

auxiliando o usuário na seleção do medicamento mais indicado, buscando

racionalização do uso, redução de custos e prevenção dos efeitos indesejados, para

isso, deve manter um contato direto com o prescritor dos medicamentos.


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